quarta-feira, janeiro 20

ENCONTRO AFETUOSO DOS LPManos



No dia 12 de Janeiro passado, o grupo dos LPManos reuniu-se no Azami, um excelente restaurante japonês na Rua Topázio, na Aclimação. Pertence à Márcia, filha de dna. Maria Fumiko.

Sim, Fumiko-san. Ela mesma, você lembra?

Quem aprendeu campo como se deve, conhece a técnica de questionários e entende de pesquisa, provavelmente deve algo disso à influência direta ou indireta da atuação de Fumiko-san há vinte ou trinta anos atrás, mais ou menos cinco ou quinze anos.

Fumiko-san ensinou pacienciosamente gerações de entrevistadores e supervisores como é que se trabalha de acordo com as mais estritas e testadas normas de coleta de dados em campo. Isso foi na época em que a LPM adotava os procedimentos-padrão da Burke (então considerada o melhor campo do mundo) e aperfeiçoou-os de conformidade com a legislação trabalhista brasileira. E a implantação do sistema foi possível em grande parte a ela.

Mas quem são os LPManos?

São muitos. Hoje estão em todas as partes. São concorrentes da LPM, colaboradores da LPM, free-lancers, pequenos ou médios empresários, supervisores, tabuladores, analistas, diretores de projetos, diretores de grandes empresas de pesquisas, encarregados de atendimento de clientes, gerentes de pesquisas ou de marketing em empresas-clientes. Existe até o Flávio Lopes, LPMano que foi mídia de destaque, foi diretor da LPM, ajudou a desenvolver o modelo de simulações de mídia até hoje não superado, e agora é dono de uma revenda de materiais cirúrgicos e hospitalares. Ou a Márcia B. Carneiro Leão, hoje professora de Direito Internacional. 

São os que trabalharam na LPM e que mantêm relações afetivas indestrutíveis entre si. Ainda depois de muitos anos sem terem se encontrado.

Não vou citar mais nomes, pois essa união de coração a coração (i-shin-den-shin, no Zen) não é bem vista em vários de nossos concorrentes, que devem à LPM o treinamento de seus melhores colaboradores. Ciumeira boba.

E o círculo de LPManos anda aumentando, na medida em que seus participantes vão estabelecendo contatos com outras gerações de LPManos, que não conheceram pessoalmente. Os encontros anuais são regados a saquê, cerveja, risos e lágrimas de emoção. Muitos abraços também.

Eu e a Dilma, que fundamos a LPM, não tivemos participação no nascimento dos LPManos. O grupo formou-se espontaneamente, como semente que brota em fenda no cimento, sem que ninguém a tenha colocado ali. A instituição dos LPManos foi um evento gratuito que atesta a força dos laços afetivos estabelecidos no amadurecimento pessoal e profissional de seus participantes.

Pelo menos foi o que eles mesmos disseram, neste último encontro. Outros encontros são prometidos ainda para este ano, o quarto da existência dos LPManos.

Por razões alheias à nossa vontade, Dilma e eu não pudemos participar dos três primeiros encontros. Este foi o nosso primeiro. Confesso que nos comovemos.

E reafirmo o que disse na ocasião: se algo fiz de bom na profissão, devo-o predominantemente à colaboração, à capacidade e à amizade dos LPManos. Sem eles, nós não teríamos levado a LPM à posição de importância de que desfrutou por tantos anos.

Aquilo que sou hoje é muito LPMano. Também sou LPMano. Somos todos.


PS.- Em abril, Fumiko-san completará 89 anos. Ativa, recupera-se de um mau jeito na coluna e espera voltar à ativa assim que sarar. Não necessariamente em supervisão ou chefia de campo; mas ela considera indispensável trabalhar.

Até lá, ela faz bijuterias, dobraduras, cerâmicas, colares, tudo muito colorido e bonito.
Sugiro que ela seja eleita pelos LPManos como nossa representante permanente, a nossa Miss LPManos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pergentino,
uma pena que não deu pra ir.. Também sou parte da galera dos LPManos, e
tenho muito orgulho disso. A LPM me ensinou muito, muito, mas sempre
digo que vocês me ensinaram coisas impagáveis, como Ética,
Profissionalismo, Respeito, Dedicação e Carinho pela profissão. Valores
que tento repassar para as pessoas que cruzam meu caminho, assim a
'família' dos LPManos vai aumentando, como vc disse, com pessoas que
nem passaram por lá..
Lembro que passei por todas as fases antes de virar analista, inclusive
campo da Fumiko! Não era mole não..ela ficava correndo de quarteirão em
quarteirão, em dia de Recall, atrás do pessoal que ficava fazendo
hora.., e de manhã quando eu chegava com o log - naquela época não
tinha dvd nem vídeo cassete, era na base da fitinha e do braço - ela já
estava lá de velha.., chegava às 7hs, sei lá.., sempre no mesmo pique,
a ainda com aquela aparência fresca e saudável, e um sorrisão na
boca.., tempos gostosos..
Depois, lembro numa viagem que descobri que ela usava um monte de creme
no rosto...rsrsrs, era super-vaidosa. Oh, deu no que deu... 89 com
corpinho de 70!
Ela foi (e é) um grande exemplo de pessoa, que levo na minha essência,
acho que temos que comemorar, sempre!!
Bom, dá pra escrever um livro.., espero ver vcs na próxima reunião.
Bjs, Vania K.Ferro.